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Festival de Cannes | Filmes de Robert Pattinson, Chris Pine e Fernanda Montenegro são cotados

Um mês antes de anunciar seus candidatos, o festival francês é alvo de especulações na imprensa europeia

06.03.2018, às 16H01.
Atualizada em 29.06.2018, ÀS 02H37

Só no início de abril Cannes divulgará os concorrentes à Palma de Ouro de 2018 na 71ª edição de seu festival, agendado este ano de 8 a 19 de maio, tendo Cate Blanchett no comando do júri. Mas nestes dias pós-Oscar e pós-Berlinale, começam a espocar em sites e bancas da Europa notícias com especulações acerca dos possíveis concorrentes deste ano: o filme com mais apostas é Loro, do italiano Paolo Sorrentino. Oscarizado em 2014 por A Grande Beleza, o cineasta volta agora com uma sátira sobre o ex-Primeiro Ministro da Itália, Silvio Berlusconi, com Toni Servillo no papel central. O segundo no pódio é High Life, sci-fi dirigido por Claire Denis (Bastardos) com Robert Pattinson no papel de um astronauta em apuros. O terceiro é Todos Lo Saben, drama em espanhol dirigido pelo iraniano Asghar Farhadi (de O Apartamento) com Penélope Cruz e Ricardo Darín como um casal às voltas com segredos fatais (um deles envolve Javier Bardem).

Divulgação/Wikimedia Commons

Entre as diretoras que prometem sacudir Cannes, a mais badalada é a francesa Mia Hansen-Love (de O Que Está Por Vir), que assina o thriller Mia, sobre um jornalista capturado em meio a um conflito no Oriente Médio. A tônica do empoderamento feminino por ganhar contornos luso-africano em solo cannoise com Vitalina Varela, do português Pedro Costa, sobre um bairro negro de Lisboa onde uma mulher narra a dor de seu povo.

Chris Pine aparece entre os astros com cacife para disputar prêmios de atuação de Cannes: ele retoma sua parceria com o diretor David Mackenzie (A Qualquer Custo) em Outlaw King, na pele do rei Robert The Bruce numa Escócia em guerra com a Inglaterra. O plot do filme é uma espécie de sequência tardia para Coração Valente (1995). Entre as atrizes de prestígio internacional que podem brilhar na Croisette este ano, o nome mais cotado é o de Juliette Binoche, por seu desempenho na comédia E-Book, de Olivier Assayas, sobre o mercado editorial.

Entre os cineastas autorais que podem voltar a campo em Cannes, a mídia europeia especula os nomes de Jean-Luc Godard (La Line d’Image), Terrence Malick (Radegund), Jia Zhangke (Ash is Purest White), Martin Scorsese (The Irishman, o projeto de máfia da Netflix com Robert De Niro e Al Pacino) e Carlos Diegues (O Grande Circo Místico). Overgod, de Gabriel Mascaro, é um potencial concorrente brasileiro, assim como O Juízo, de Andrucha Waddington, com Fernanda Montenegro e Lima Duarte. Há quem acredite no regresso do documentarista Michael Moore à competição com Fahrenheit 11/9, sobre a Era Trump. Ainda na seara documental. O alemão Wim Wenders deve lançar lá seu longa sobre o Papa Francisco.

Mestre do suspense, Brian De Palma pode concorrer com Dominó, um policial de produção dinamarquesa com Nikolaj Coster-Waldau (o Jaime Lannister, de Game of Thrones) na pele de um tira às voltas com o desejo de se vingar da morte de sua parceria. Ainda no campo do medo, o italiano Matteo Garrone (de Gomorra) fala de psicose em Dogman, sobre as ações (reais) de um assassino. E três anos depois de Sala Verde (2015), Jeremy Saulnier volta com Hold the Dark, no qual Jeffrey Wright (de Westworld) caça os corpos de crianças devoradas por lobos na imensidão do Alaska.

Estima-se que o novo filme estrelado por Cate Blanchett, Where'd You Go, Bernadette, de Richard Linklater (Boyhood) vá abrir o festival, em sessão hors-concours.

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